Não estamos a falar de uma campanha, ou de um movimento ou de assuntos em série com vistas a um objetivo. Falamos de um único dia – há 67 anos – em que o presidente Getúlio Vargas, num episódio isolado, único em sem precedentes na história brasileira, dá um tiro no peito, se mata, reverte todo um quadro político que lhe era desfavorável e muda o curso da política do Brasil.

Acuado, à beira da derrota e da humilhação, o homem que governou o País por 19 anos lança mão do extremo, e num gesto dramático vira o jogo, lança o povo contra seus adversários, derrota os que lhe faziam oposição e obtém a derradeira vitória que assegura seu legado e o coloca na história.

Getúlio Vargas – líder da Revolução de 30, ditador progressista e, na última fase de sua trajetória política, eleito presidente da República pelo voto direto – foi o maior estadista do Brasil.