• Segunda, 01 de Fevereiro de 2021

Ruas são termômetro histórico de viabilidade, ou não, de impeachment

Com o terço que tem, Bolsonaro se segura na cadeira

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Jango sofreu um golpe, mas já não tinha apoio da

Na esteira da matéria anterior, sob o ponto de vista constitucional, qualquer presidente que cometer ato que justifique o afastamento, fica à mercê do impeachment.

Na prática, contudo, são as ruas que falam mais alto. O presidente Bolsonaro ainda tem as ruas com seu terço de apoiadores fiéis e ruidosos. Além do que, pesquisas mostram que maioria da população é contra o impeachment.

Então, questões político-jurídicas à parte, são as ruas que dão a última palavra.

Em exemplos recentes, Collor e Dilma dificilmente perderiam o cargo se não tivessem perdido às ruas, com popularidade abaixo de 15%. Mais distante no tempo, João Goulart saiu por golpe, mas a maioria dos segmentos da sociedade de então queriam sua queda, inclusive 90% de toda grande imprensa brasileira.

Resumo: não deveria ser assim; deveria prevalecer o que diz a Constituição. Mas é o grito das ruas que dá o tom. Paciência!