As recentes declarações do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre reação raivosa do presidente Bolsonaro quando recebeu os alertas de que o Brasil poderia chegar a um número catastrófico de mortes caso não fossem feitas as intervenções sugeridas, não chega a ser nenhuma surpresa. Afinal, o presidente sempre foi negacionista, desprezou a ciência e minimizou a doença que chamou de ‘gripezinha’.

Contudo, fica a interrogação: caberia ao então ministro da Saúde mostrar as projeções dramáticas apenas ao presidente, ou revelá-las ao Brasil?

Dizer agora que não falou em público que poderia chegar a 180 mil óbitos “se nós não interviéssemos”, parece algo que não deveria ter ficado nos bastidores.

A primeira fidelidade do ministro da Saúde não deve ser para com a população, e depois para com o presidente?