Mortes por Covid... (I)
Continuação...
Para qualquer jornalista que acompanha com atenção os fatos mais importantes de sua cidade e do Brasil – a exemplo do cidadão comum a quem se confere legítimo interesse nos rumos de seu País – é incrivelmente inacreditável o que vem ocorrendo em relação à pandemia.
Ainda que estivéssemos a falar de uma republiqueta da América Central, seria inaceitável. Além de toda ‘casa do terror dos parques de diversão’ que só existe em fantasia, não se entende:
I - Por que o ex-ministro Mandetta aguardou seis meses para revelar, no lançamento de seu livro, que avisara o presidente da possibilidade de catástrofe?
II - Não deveria – ante a resistência do Planalto – ter colocado a boca no trombone e dizer à população...: ‘Olha, podemos chegar a 180 mil mortes!’
III - Os 180 mil óbitos estão ali na esquina e não se está distribuindo vacina alguma. Pior, sequer se chega a um consenso de quais vacinas serão compradas, quais os protocolos e quando serão distribuídas.
IV - Por último, é o fim da picada que quando se fala em vacina no Brasil, o que vem à mente é a briga entre Bolsonaro e Dória – ambos politizando assunto de tal gravidade.