Lá atrás, o breve contato que tive com Jô
Teatro da Praia, sentando no chão para ver melhor

Foram breves minutos, dos quais não esqueci. Anos 80. Não tinha senão 20 e poucos anos quando fui assistir, no Teatro da Praia, na Francisco de Sá (Copacabana), a peça ‘Viva o gordo e abaixo o regime’.
O teatro, que não é grande, estava superlotado. Só consegui cadeira no fundo. Mas assim que começou o espetáculo, muita gente ‘pulou’ para os corredores laterais, preferindo sentar no chão para ficar na parte da frente, ao lado das filas A e B. Eu, inclusive.
Acontece que aquele ‘ajeitamento’, de chega pra cá, senta prá lá, mais o burburinho, chamou a atenção de Jô que resolveu perguntar, logo a mim, se não preferia subir no palco.
Fiquei ainda mais sem graça quando ele brincou, perguntando se no chão o ingresso era mais barato. Respondi que não era, mas se fosse, valia. Ele sorriu, fez lá mais uma brincadeira e, rindo, disse: “vê se fica quieto aí e não atrapalha. Não vou dividir a bilheteria com você”.
Quando terminou o espetáculo, tentei chegar ao camarim. Mas não deu. Havia vários atores e conhecidos na plateia, que ‘bloqueavam’ a entrada tentando falar com ele.