‘Dia do Trabalho’ sem comemoração e sem trabalho
Pandemia silencia data que marcou grandes eventos

Antes da pandemia, já há muito, o Dia do Trabalho vinha sendo amordaçado por crises econômicas, queda na renda e reajustes meramente simbólicos, que sequer cobriam a inflação.
Isso, naturalmente, em se tratando de trabalhadores, porque os dos ‘privilegiados não só sobem, como a cada ano ganham novos penduricalhos.
De toda forma, após a crise de 2014, quando Dilma se reelegeu escondendo a realidade econômica do Brasil, o trabalhador passou a ter ainda menos para comemorar.
Contraste a essa situação de penúria reside em passado bem mais distante, nos anos 50, quando Vargas usava o Primeiro de Maio para anunciar grandes obras de cunho social – conjuntos habitacionais, escolas, hospitais, novas redes de saneamento básico e, principalmente, o aumento anual do Salário Mínimo.
“Trabalhadores do Brasil”. Era assim que invariavelmente começava seus discursos no Estádio São Januário, transmitidos em cadeia nacional de rádio, seguidos da relação de obras e serviços essenciais que seriam inaugurados ou implantados nos respectivos anos. Quanta diferença!