Covid: mortos no Brasil chega perto do percentual da gripe espanhola
Há 100 anos morreram 35 mil numa população de 30 milhões
A comparação não deixa de ser alarmante e confirma o quanto o Brasil tem negligenciado no combate à Covid. Numa época em que não existiam hospitais públicos, nem antibióticos, e a ciência era rudimentar, a gripe espanhola levou a óbito, aproximadamente, 35 mil brasileiros. A população, então, era de 30 milhões.
O percentual de mortes, portanto, foi de 0,116% da população. Hoje, a população estimada é de 211 milhões e o coronavírus já matou 220 mil pessoas. Logo, se o número de mortes diários se mantiver nos altos níveis dos últimos dias, em semanas vai ultrapassar percentualmente os óbitos da gripe espanhola.
Durante a gripe espanhola não foi produzida nenhuma vacina. A primeira só apareceu 24 anos depois, em 1944. Como agora as vacinas começaram a ser distribuídas, espera-se que o quadro de mortes seja estancado.
Mas é preciso quantidade, prioridade a quem está na linha de frente da Covid, organização e celeridade.