Num fim de semana prolongado, na madrugada de sábado (14), morreu Benedito Marques. Estava fora de Campos, numa área rural onde o sinal do célular é ruim, e só soube na noite do domingo de ontem.

O que fazer? As notas sobre seu falecimento – simplistas, diga-se – já haviam sido dadas. Logo, notícia velha. Poderia usar este Site, ou – o que seria bem mais significativo – o espaço fixo que mantenho no online do Terceira Via, portal de notícias do jornal, mas... insuficientes.

Pelos indeléveis méritos, Benedito Marques dos Santos Filho merece ter sua vida retratadas em papel, pelo caráter documental que o online não exibe e para que o texto não perca em algumas horas, quando muito em 2 ou 3 dias. Ele fez por merecer.

Além do que, há o aspecto pessoal: Benedito foi uma das valiosas amizades que “herdei” do jornalista Vivaldo Belido de Almeida, de quem foi amigo próximo por mais de meio século.

Benedito morreu aos 89 anos, quase 30 a mais do que eu, o que nada impediu uma amizade entre iguais, comum àqueles que desde cedo se aproximam dos amigos dos pais.

Pensei em escrever 8 ou 10 linhas, e já está deste tamanho. Mas não posso ‘fechar’ esta nota – quase matéria – sem destacar os cerca de 60 anos que contribuiu em favor de Campos, quer como vereador de destaque, ou pela contribuição ímpar em diferentes entidades de Campos.

Foi contabilista, diretor-conselheiro da Beneficiência Portuguesa, diretor do Asilo do Carmo e do Manoel Cartulho, diretor de Faculdade de Filosofia de Campos e por quase 20 anos provedor da Santa Casa – que assumiu em condições precárias e, com muito trabalho, restaurou quartos, construiu novas alas, nova enfermaria, trouxe equipamentos de ponta e equipou a Santa Casa com uma moderna UTI.

Tudo o que puder contar e retratar – muito menos do que ele realizou – será objeto de página inteira no próximo domingo, na página 05, do Terceira Via (J3News).