A lição que deixa José Paulo de Andrade
60 anos ‘brigando’ para fazer melhor
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Falecido semana passada, aos 78 anos, de Covid, tudo que se disse de um dos maiores radialistas do Brasil pode ser resumido no seguinte: ele ficou mais de 60 anos no rádio; 57 anos no Grupo Bandeirantes e pelos mesmos 57 anos esteve à frente do programa ‘O Pulo do Gato’, que apresentou até 05 de julho de 2020.
Ninguém no País (talvez no mundo) permaneceu 57 anos no comando de um mesmo programa de rádio ou TV além de José Paulo de Andrade.
Nos depoimentos de colegas, uma marca: a obstinação por fazer sempre melhor, pela qualidade, pela superação. Um dos companheiros disse: ele brigava por tudo, pela audiência, pelo programa, brigava com a gente por causa de alguma que não gostava, brigava por mais empenho. Era um ‘brigão’! Mas um profissional excepcional, incansável na busca de que a programação estivesse um patamar acima.
Mas também elogiava: ‘hoje fizemos um bom rádio’ – dizia, sempre batendo no teto no entusiasmo. Franco, generoso e amigo, formou várias gerações. Jornalista extraordinário.
O dono do grupo Bandeirantes, o também jornalista João Saade, disse que foi por causa de figuras como o Zé Andrade que a Bandeirantes conseguiu crescer, avançar, expandir e se tornar um dos maiores grupos de comunicação da América Latina.
José Paulo de Andrade lançou inúmeros programas, ocupou vários cargos na Bandeirantes, comandou projetos, foi diretor de jornalismo da rádio e ‘pensava’ comunicação 24 horas por dia.
Não tem muitos como ele por aí...