É lamentável, mas é a pura verdade. O Brasil não tem memória.

Sandra Cavalcanti foi vereadora, duas vezes deputada estadual – num dos pleitos, a mais votada para a Alerj – e outras duas vezes deputada federal (1987-1995). Foi, também, um dos maiores nomes da UDN.

Na década de 60, foi porta-voz do governador Carlos Lacerda, Secretária de Serviços Sociais da Guanabara e uma das figuras mais influentes a política nacional.

Em 1981, candidatou-se ao governo do Rio, chegando a ocupar por vários meses o 1º lugar nas pesquisas. Foi derrotado por Leonel Brizola.

Política de personalidade forte e opinião firme, sua carreira foi marcada pela luta intransigente em favor dos interesses do Brasil, do Rio e contra os privilégios.  

Contudo, apesar de toda a trajetória de brilho, há quase 30 anos não se ouvia falar nela. Simplesmente foi relegada ao esquecimento.

Sandra Cavalcanti morreu na sexta-feira (11), aos 96 anos, de parada cardíaca, em seu apartamento no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio.