A CPI teria que chamar. Mas, à luz das circunstâncias, o que poderia dizer Nelson Teich, tendo ficado apenas 28 dias no Ministério? Uma coisa aqui, ou ali – nenhuma novidade. Já o atual ministro Marcelo Queiroga, escorregou mais do que tobogã, irritou os senadores, mas preservou o presidente. De um lado, pode ter ficado mal para ele; por outro, se defendeu dizendo que não lhe cabe fazer juízo de valor nas ações do presidente da República – o que também faz sentido.  

Salvo pela fala de Mandetta, pelo que se viu até agora, nada além de arranhões e, nas declarações mais duras contra o presidente Bolsonaro, possivelmente nenhuma que ele – com o nocivo jeitinho brasileiro – não consiga se desvencilhar.

Bem entendido, as omissões, o atraso na compra das vacinas, o negacionismo face ao distanciamento social e, até mesmo, as aglomerações que ele próprio participou, são práticas que precisam ser apuradas e que não devem ficar impunes.

Mas, por outro lado, delas já se sabia. Estão comprovadas em vídeos, em discursos, em entrevistas, etc. Portanto, salvo melhor juízo, até agora a CPI investiga e revela o que todos sabem. (* Continua...)