A 45 dias das eleições...
O pleito em meio à pandemia e em favor da democracia
O ministro Luís Roberto Barroso assumiu a Presidência do TSE em fins de maio, quando a pandemia estava batendo no teto. Naquele momento, muito se falava em prorrogar os mandatos.
Barroso, contudo, num gesto corajoso, disse que consultadas as autoridades sanitárias, o plano B seria adiar as eleições para novembro, evitando-se, tanto quanto possível, prorrogar mandatos:
– A prorrogação de mandato é antidemocrática em si, porque os prefeitos e vereadores que lá estão, foram eleitos por um período de quatro anos. Faz parte do rito da democracia a realização de eleições periódicas, dando ao eleitor a possibilidade de reconduzir ou não seus candidatos – disse.
Se o ministro não fosse firme em sua convicção, é bem provável que não tivesse eleição, porque muita gente estava de olho num ‘tempo extra’.